domingo, 3 de abril de 2011

JAPERI CELEBRA A DIVERSIDADE – TEMPERO CULTURAL




Por Jorge Braga Jr.


Em um momento onde a tendência é de cada vez mais as pessoas se reunirem por meio de guetos, comunidades e “famílias” que levam em conta aspectos como faixa etária e gostos musicais, o Tempero Cultural, na sua primeira edição de 2011 celebra justamente o encontro entre as pessoas a partir da diversidade.
O evento que é uma realização do Grupo Código de Japeri, aconteceu neste último sábado 02 de Abril no Salão de Festas Belém, já conhecido espaço de eventos da cidade, e busca recriar um ambiente de programa de auditório (o “show” é comandado por um casal de atores da Cia de mesmo nome), trazendo a diversidade de manifestações artísticas locais e regionais e um público diferenciado e ávido por novidades.


“Vivemos numa cidade, ou melhor, numa região, onde não é prática a verdadeira valorização do artista. Faltam locais de apresentação e estes artistas não são contemplados pelo tom monocórdio dos eventos. Quase cem por cento dos eventos realizados na cidade é de bailes funk. Geralmente, estes bailes dão valor ao artista de fora. Aqui no Tempero, não. É diferente: ele pode subir ao palco e ser reconhecido pela sua própria comunidade”, diz Bruno W. Medsta, produtor executivo do projeto.


E esta troca abre portas. Nesta edição, com patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, e apoio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Japeri, o evento contou com a participação de três pontos de cultura da Baixada Fluminense: O Espaço Cultural Casa de Anyê e o CIAC – Centro Integração Arte Capoeira de Nova Iguaçu e o Bloco Maluco Sonhador de Paracambi.
O Tempero que mobilizou aproximadamente quinhentas pessoas em mais de seis horas de evento, contou com a participação não só de crianças e jovens atendidos pela instituição através do Ponto de Cultura, como afirma Verônica Di Oliveira, vice-presidente da instituição: “Aqui o público é bem diverso e é interessante que cada atração traz um público específico que vem e tem contato com outras formas de cultura e que atuam no mesmo espaço.”


Apresentaram-se quatro atrações locais, desde as bandas de Pop/Rock Mohaulle e Cinco Pólos até grupo de preservação de manifestações culturais bolivianas (Renascer Andino) ao grupo dança com a nova tendência do Jump Style, além, é claro, da formação da banda do Tempero Cultural, contendo artistas de diversas bandas e as apresentações do próprio Espaço Cultural Código.
“Com esse caráter alternativo, nós acreditamos que é a partir deste encontro inesperado que o Tempero Cultural surge como iniciativa para contribuir com a diminuição de preconceitos e na viabilização do acesso aos bens culturais. Além de ser um espaço de convivência e opção de lazer cultural na cidade.”, conclui Jorge Braga Jr., presidente da instituição.